Um tanto diferente




Para não afirmar minha idade, costumo dizer que coleciono décadas.
Nesta coleção, em especial, está tudo o que me faz ser quem sou.
O tempo, em dado momento, foi extremamente bondoso e em outro, deveras cruel.
Naqueles instantes de divagações, há lembranças doces e é destas que tenho saudade.
Só que não minhas décadas não tem só doçura há ser lembrada.
Tem sentimentos doloridos, lágrimas e gritos calados.
A maturidade de hoje me faz ver que, em muitos casos, poderia ter agido diferente.
Não que o resultado pudesse ser diverso mas, o meu ser teria sofrido menos.
Sim!!!! Pasmem: há sofrimento em décadas colecionadas. 
Tudo passa. As dores, os amores, os projetos, as mágoas... tudo passa.
Passa para mostrar o que realmente importa.
Para mim, o que importa é viver esta coleção de novos anos que comporão novas décadas fazendo o que realmente importa: dar o tempo à família e às ações de mudança no mundo e assim me tornar um tanto diferente.
Ser minha melhor versão.

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